Boulos se mira em Haddad para virar o jogo em SP

Atualizado em 13 de outubro de 2024 às 12:03
Ex-prefeito paulista e atual ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o candidato à Prefeitura de SP, Guilherme Boulos (PSOL) – Foto: Reprodução

O histórico das eleições municipais em São Paulo não favorece Guilherme Boulos (PSOL) e confirma o favoritismo de Ricardo Nunes (MDB). Das últimas sete eleições, em seis delas, o candidato que liderou o primeiro turno manteve-se à frente e venceu no segundo turno. Entretanto, o exemplo de 2012, no qual a esquerda virou o jogo na segunda disputa anima o candidato psolista.

Ricardo Nunes, que disputou o primeiro turno coligado com 12 partidos, teve 65% do tempo de rádio e TV e terminou com 29,48% dos votos válidos, apenas 0,41 ponto percentual à frente de Boulos, que obteve 29,07%. A diferença apertada mantém Boulos na disputa.

Ricardo Nunes (MDB), atual prefeito de SP e candidato à reeleição – Foto: Reprodução

Porém, no início do segundo turno, Nunes apareceu com 55% das intenções de voto, segundo pesquisa do Datafolha divulgada em 10 de outubro, enquanto Boulos registrou 38%, indicando um desafio para o candidato do PSOL.

A única vez em que houve uma virada nas eleições de São Paulo foi em 2012, quando José Serra (PSDB) terminou o primeiro turno à frente, mas foi superado por Fernando Haddad (PT) no segundo turno. Boulos agora mira esse exemplo como inspiração para reverter o cenário.

Naquela ocasião, Serra já tinha sido prefeito e abandonado o cargo para disputar o governo estadual, o que aumentou sua rejeição e favoreceu Haddad, que era visto como uma renovação e tinha boa avaliação como ministro da Educação no governo Lula.

Agora, Boulos busca repetir a trajetória de Haddad, tentando conquistar eleitores indecisos e ampliar sua base, enquanto tenta reverter a vantagem de Nunes nas pesquisas e alcançar a virada no segundo turno.

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