Com a desistência do líder do MTST Guilherme Boulos da disputa pelo governo de São Paulo nas eleições de outubro, a vereadora Mariana Conti, do PSOL de Campinas, apresentou nesta segunda-feira (21) sua pré-candidatura ao Palácio dos Bandeirantes.
Mariana Conti tem 36 anos, é socióloga, servidora pública e atualmente exerce seu segundo mandato de vereadora na cidade de Campinas. Foi a parlamentar mais votada da cidade nas últimas eleições. O nome dela foi apresentado na mesma reunião em que a Executiva do PSOL recebeu a desistência de Boulos.
A pré-candidatura de Conti, no entanto, deve encontrar resistências no partido. A candidatura ao governo estatual será debatida dentro do PSOL durante os próximos dias. Juliano Medeiros, presidente da legenda, defende a unidade da esquerda em torno de Fernando Haddad (PT) para o governo paulista. O prazo limite das siglas para registro das candidaturas é no início de agosto.
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Mariana Conti fala sobre pré-candidatura pelo PSOL
“O legado do tucanistão, que há 30 anos está no poder do estado, é nefasto. ‘BolsoDoria’ ainda existe e é um projeto que serve à elite. Mas nós não temos ilusões com candidaturas colocadas que se dizem diferentes mas que trazem o mesmo conteúdo: o favorecimento à especulação imobiliária, ao agronegócio e aos bancos”, explica Mariana.
“O PSOL precisa ter cara própria e se apresentar à população como uma alternativa independente. Queremos debater as nossas propostas e projeto para o estado. Apoiava o nome do Guilherme, mas com a sua decisão pela retirada, coloco o meu nome à disposição do partido para cumprir essa tarefa”, acrescenta a vereadora.
Boulos será candidato a deputado federal
Boulos anunciou nesta segunda-feira (21) que será candidato a deputado federal pelo PSOL. Ele fez uma publicação no Twitter explicando sua decisão.
Boulos desistiu de concorrer ao governo de São Paulo, que já tem o ex-ministro Fernando Haddad (PT) como principal candidato da esquerda. Ele tomou a decisão após muitas conversas com companheiros de partido e do movimento social. Com o novo direcionamento, o psolista quer ajudar a construir uma grande bancada de esquerda no Congresso.
“O momento do Brasil exige gestos políticos e generosidade. Tomo esta decisão buscando fortalecer a unidade da esquerda no Brasil e em São Paulo”, afirma ele.
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