Pessoas brancas recebem, em média, 64,2% a mais do que pretas e pardas em todos os níveis de escolaridade no Brasil, segundo a Síntese de Indicadores Sociais 2023, divulgada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta quarta (6).
O rendimento-hora médio de trabalhadores brancos em 2022 foi 61,4% maior do que o de ocupados pretos ou pardos. O recorte por grau de instrução mostra que trabalhadores brancos com Ensino Superior completo receberam cerca de R$ 35,50 por hora, enquanto pretos e pardos ganharam R$ 25,70.
O levantamento mostra ainda que mulheres pretas ou pardas (46,8%) e homens pretos ou pardos (46,6%) são maioria na informalidade. Eles também são a maioria empregada em atividades com menor rendimento médio, como agropecuária (62,0%), na construção civil (65,1%) e nos serviços domésticos (66,4%).
Em atividades com rendimentos médios mais elevados, como áreas de informação, financeiro e administração pública, têm maioria branca, chegando a 55,9%.
No geral, homens pretos ou pardos receberam rendimentos inferiores aos das pessoas brancas, mas há uma diferença entre homens e mulheres: eles ganharam, em média, R$ 2.230, e elas, R$ 1.781.
Homens, em geral, recebem 27% a mais que mulheres, com o rendimento de mulheres brancas superando o de homens pretos e pardos.