O Brasil não foi incluído na lista de países que terão acesso ao promissor remédio antiviral da Pfizer contra a Covid-19, o Paxlovid.
A Pfizer anunciou, nesta terça-feira (16), um acordo com a Medicines Patent Pool para expandir o acesso ao medicamento por países de baixa e média renda.
A mudança permitirá a fabricantes de medicamentos genéricos produzirem a pílula produzida pela farmacêutica contra o vírus.
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Em comunicado, a empresa afirma que os fabricantes “serão capazes de fornecer o ‘PF-07321332’ em combinação com ritonavir para 95 países, cobrindo até aproximadamente 53% da população mundial”.
Os países foram selecionados a partir de critérios de classificação de riqueza. Somente as nações classificadas como baixa renda, baixa-média renda e alta-média renda (apenas na África Subsaariana) não precisarão pagar royalties para a Pfizer.
Entre os 95 beneficiados, estão Angola, Bolívia, Haiti, Paquistão e Venezuela.
“O acordo inclui todos os países de renda baixa e média-baixa e alguns países de renda média-alta na África Subsaariana, bem como países que fizeram a transição do status de renda média-baixa para média-alta nos últimos cinco anos”, diz o documento.
O Brasil requeriu em 6 de agosto a patente do composto utilizado no antiviral, que reduziu hospitalizações e mortes em pacientes de alto risco em 89%.
A Pfizer disse na semana passada que buscará “o mais rápido possível” uma autorização de uso emergencial para o Paxlovid.
Pílula antiviral da Pfizer reduz em 89% o risco de casos graves de Covid-19
No início do mês, a empresa informou que o estudo com a pílula reduziu o risco de hospitalização e morte.
As chances de casos graves foram reduzidas em 89% com o medicamento. Nenhuma morte foi relatada entre as pessoas que tomaram o medicamento. Com informações da CNN Brasil.
O tratamento combinado, que terá o nome comercial de Paxlovid, consiste em três comprimidos administrados duas vezes ao dia, por três dias.
Pandemia: Queiroga anuncia 3ª dose da vacina para população acima de 18 anos
Marcelo Queiroga, o ministro da Saúde, anunciou nesta terça (16) a terceira dose da vacina contra Covid-19. O reforço poderá ser tomado cinco meses após a aplicação da segunda dose. A pasta quer concluir até maio de 2022 a aplicação do reforço em toda a faixa acima de 18 anos.
O ministro afirmou que mais de 21 milhões de pessoas estão aptas a tomar a segunda dose, mas ainda não o fizeram. Ele ainda diz que o governo vai apostar em “mega campanha” de incentivo. Há cerca de 10 milhões de pessoas com a segunda dose atrasada.