Celso Amorim, assessor especial da Presidência, será enviado à Ucrânia pelo governo Lula. O anúncio foi feito pelo ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, Márcio Macêdo, a jornalistas que estavam no hotel onde sua comitiva está hospedada em Portugal.
“O presidente Lula determinou e me orientou que dissesse que o assessor especial da Presidência para assuntos internacionais, o ex-chanceler Celso Amorim, que esteve na Rússia, vai visitar a Ucrânia”, afirmou. O ministro não divulgou data para a viagem de Amorim e alegou “questões de segurança”.
Ele ainda foi questionado sobre as falas recentes de Lula sobre a guerra na Ucrânia e disse que “houve uma interpretação que não condiz com a posição do presidente”.
“Respeitamos a posição do continente europeu, dos países que estão de alguma forma no conflito. Mas a posição do Brasil é de neutralidade, por uma razão muito simples: se o Brasil tomar partido, perde a autoridade política de juntar pares e países para encontrar um caminho para a paz. Esse é o sentimento do presidente Lula e essa é a tradição do Brasil”, prosseguiu Macêdo.
O presidente disse que os Estados Unidos e a Europa têm contribuído com a guerra e prolongado o conflito. A declaração de Lula gerou críticas dos Estados Unidos, que chamou o posicionamento de “profundamente problemático”. Amorim, entretanto, teve uma conversa com Jake Sullivan, conselheiro de Segurança Nacional do país, e disse que a relação com o governo americano “está de boa”.