O governo de Israel não convidou o Brasil para um encontrou na terça-feira (14) na sede da ONU (Organização das Nações Unidas), em Genebra, com parentes de reféns levados pelo Hamas. A reunião contou com a presença de ao menos dois ministros do governo de Benjamin Netanyahu.
A intenção do encontro era informar outros governos sobre a situação dos reféns, a ausência de informações por parte das famílias e sensibilizar a comunidade internacional sobre a necessidade da guerra contra o Hamas.
A reportagem do UOL testemunhou a presença de embaixadores de vários países, como Argentina e França, na reunião. Entretanto, a delegação brasileira não estava presente.
A diplomacia brasileira, ao ser procurada, admitiu não ter sido convidada. A missão de Israel em Genebra também confirmou que não houve o convite, alegando que ocorreu um “erro” no envio da mensagem ao Itamaraty.
A “falha” aconteceu em meio a uma série de polêmicas envolvendo os dois países. O governo brasileiro havia expressado desconforto diante da ausência dos nomes de cidadãos brasileiros nas listas feitas por Israel para permitir a saída de estrangeiros da Faixa de Gaza. O grupo de 32 brasileiros entraram apenas na 7ª lista publicada pelas autoridades em Tel Aviv.
O “mal-estar” aumentou após um encontro entre o embaixador de Israel em Brasília, Daniel Zonshine, com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O Itamaraty considerou a reunião como um grave erro, mas optou por não reagir, já que o ruído poderia afetar o resgate dos brasileiros.