Brasil Paralelo: produtora bolsonarista demite 60 funcionários

Atualizado em 10 de fevereiro de 2023 às 11:36
Logo da produtora Brasil Paralelo. (Foto: Reprodução)

A produtora bolsonarista Brasil Paralelo, acusada pela CPI da Covid-19 de disseminar fake news sobre a pandemia, demitiu na última segunda-feira (6) aproximadamente 60 funcionários.

Relatos obtidos pelo jornal Metrópoles revelam que a empresa priorizou a demissão de funcionários que estavam há mais tempo na casa.

A produtora, em nota, informou que “se mantém independente, seja qual for o perfil do governo do dia”, e que sustenta o “princípio de nunca receber recursos públicos nem incentivos governamentais”.

“Frente aos desafios do cenário econômico mundial, a companhia busca eficiência em sua operação, assim como ocorre com quase todas as empresas do mundo no atual momento. A Brasil Paralelo seguirá buscando crescimento de forma sustentável, com foco no streaming e, agora, na dramaturgia, com o lançamento de sua primeira obra de ficção em 2023”, disse.

Além das acusações de propagar fake news, a Brasil Parelo é acusada de utilizar material de terceiros sem a devida autorização, após utilizar, sem licenciamento, imagens da TV Globo.

Mesmo com a informação publicada em nota pela empresa à respeito de um “cenário econômico difícil”, sabe-se que a PB aculmula milhões em pagamentos de propagandas em redes sociais. A produtora é a maior anunciante nas redes sociais da Meta, com R$ 16,7 milhões investidos desde agosto de 2018.

O WhatsApp, segunda empresa a gastar mais no Facebook e no Instagram, desembolsou R$ 14,1 milhões, enquanto o Facebook, terceiro maior anunciante, pagou R$ 3,4 milhões.

Sabe-se também que apenas em agosto de 2020, a produtora desembolsou R$ 9 milhões para veicular anúncios que tratavam de temas sociais, eleições ou política no Facebook. Os dados são disponibilizados pela Meta.

Participe de nosso grupo no WhatsApp, clicando neste link
Entre em nosso canal no Telegram, clique neste link