O sucesso do longa-metragem “Oppenheimer”, de Christopher Nolan, está chamando atenção para a história do criador da bomba atômica e levanta uma curiosidade: ele já esteve no Brasil.
Julius Robert Oppenheimer veio ao país em 1953, durante a Guerra Fria. O site da FAPESP, Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo, registra um encontro dele com colegas brasileiro no CNPq.
Em 1961, ele retornou para uma semana de palestras e conferências sobre seu trabalho com a Teoria do Campo Unificado. Oppenheimer disse em entrevista ao Estadão que o país poderia criar sua bomba nuclear porque tínhamos “pesquisas mais adiantadas”.
Achava que o fato de o Brasil lutar contra a falta de energia elétrica sem possuir minas de carvão nem indústria petrolífera forte endossava o interesse pela produção de energia atômica.
Naquele momento, a nova ordem mundial que se desenhava realçava a importância do desenvolvimento científico e tecnológico na chamada Era Atômica.
A passagem de Oppenheimer também ajudou a inspirar a comunidade científica nacional. Sua presença reforçou a importância da pesquisa e desenvolvimento em física e outras ciências.
De acordo com Elio Gaspari, “um fotógrafo retratou-o soltando uma baforada que ficou parecida com o cogumelo de uma explosão nuclear. Tendo ajudado a fazer as bombas, Oppenheimer aborreceu-se com a fotografia da fumaça”.