As principais commodities que o Brasil exporta têm fortalecido a indústria e feito o país se tornar o “supermercado do mundo”. O Brasil tem se consolidado como maior exportador mundial de alimentos industrializados em volume, com 64,7 milhões de toneladas em 2022, superando os Estados Unidos. A informação é da Folha de S.Paulo.
Há um crescente beneficiamento de produtos brutos, que impulsionam cadeias industriais, nos setores de petróleo e mineração. Apesar disso, o país tem se destacado na alimentação: o Brasil reúne 38 mil empresas com 2 milhões de empregos formais e diretos, o que faz com que o setor seja o maior ramo da indústria de transformação, com 24,3% de participação no total de vagas.
A cadeia produtiva ainda inclui outras 10 milhões de pessoas, segundo a Abia (Associação Brasileira da Indústria de Alimentos). Esse valor corresponde a 12% de todas as pessoas que trabalham no país.
Os principais mercados para os alimentos industrializados do país são a China (17,7% de participação), os 22 países da Liga Árabe (16,3%) e União Europeia (15,3%). O país ainda representa 75% do comércio global do suco de laranja, com um faturamento de R$ 2,7 bilhões ao ano e com a geração de 200 mil empregos diretos e indiretos.
Nos últimos sete anos, as exportações de alimentos industrializados saltaram de US$ 35,2 bilhões para quase US$ 60 bilhões, um aumento de 72%. O setor processa 58% do valor da produção de alimentos do campo e grãos brutos têm participado cada vez mais da engrenagem industrial para os mercados interno e externo.
A indústria de transformação em geral teve um encolhimento de -1,2% entre janeiro e setembro de 2023, mas a de alimentos registrou um crescimento de 3,9%, enquanto a de petróleo teve alta ainda maior, de 4,8%.
Petróleo, minério e agronegócio têm sido os principais responsáveis pelos saldos comerciais positivos do Brasil. Neste ano, a diferença entre exportações e importações deve chegar a quase US$ 100 bilhões. Isso gera um reforço nas reservas internacionais, de cerca de US$ 350 bilhões, e afasta o país de uma possível crise externa por falta de dólares.