Um gráfico da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), disponibilizado pelo professor Uallace Moreira, da UFBA, mostra a vexaminosa presença do Brasil no grupo dos países com trabalho precário.
O país é hoje o 2º com a maior taxa de autônomos no mundo.
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“Um mercado de trabalho marcado pela precarização, vulnerabilidade, queda da renda e empobrecimento do trabalhador”, escreve o professor.
Sinal de que a reforma trabalhista iniciada pelo golpista Temer e concluída por Bolsonaro não passou de um engodo.
Ou melhor, engodo para os trabalhadores, não para os homens de negócios – esses se beneficiam todos os dias com a dilapidação das instituições e suas teias de proteção social.
O estudo mostra que atrás do Brasil, num grafico com dezenas de países, só está a Colômbia.
O Brasil passa vergonha diante de México, Grécia, Turquia e Costa Rica, para não dizer das Nações que ocupam o topo da tabela.
Fonte: OCDE.
— Uallace Moreira (@moreira_uallace) December 27, 2021
Não por acaso o Brasil ocupa o penúltimo lugar no quadro de países com mais trabalho autônomo.
Neste mês mesmo, sempre em favor do empresariado, Bolsonaro conseguiu passar, com apoio do Centão, importante dizer, uma proposta que limita o uso de bens pessoais de um sócio de uma empresa para o pagamento de dívidas trabalhistas da companhia.
Mais prejudicial para trabalhadores do Brasil do que patrões
Outro estudo sugere um regime alternativo à CLT (Consolidação das Leis do Trabalho). A Constituição passaria a autorizar regras mais flexíveis, a serem definidas em lei.
Bolsonaro e sua turma defendem que as mudanças vão estimular o empreendedorismo, a geração de emprego e a desburocratização. Não é o que acontece na prática: o que se vê no dia a dia é gente sem prego, sem perspectiva e uma grande maioria passando fome.
As propostas de Bolsonaro para o gran finale do trabalho formal são elaboradas e conduzidas pelo Gaet (Grupo de Altos Estudos do Trabalho), ajuntamento do governo constituído para executar a ordem.
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