Brasileiros em Gaza devem voltar amanhã, diz embaixada

Atualizado em 8 de novembro de 2023 às 13:15
Fronteira entre Faixa de Gaza e Egito. Foto: reprodução

Após terem sido inicialmente excluídos da lista de autorizações de saída desta quarta-feira (8), os 34 brasileiros que se encontram na Faixa de Gaza receberam uma mensagem da embaixada indicando que a partida do território está prevista para a quinta-feira (9).

O embaixador do Brasil na Palestina, contudo, ainda não confirmou a informação sobre a saída iminente dos brasileiros.

Desde o início dos conflitos na região, em 7 de outubro, os brasileiros têm enfrentado restrições severas que os impedem de deixar o país, apesar de outros estrangeiros já o terem conseguido.

A situação ganhou maior atenção quando o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, revelou que o chanceler de Israel havia assegurado a autorização para a saída dos brasileiros da Faixa de Gaza até esta quarta.

A previsão é de que, após a permissão ser oficialmente concedida, os brasileiros sejam direcionados ao Egito, onde embarcarão em um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) com destino ao Brasil.

Brasileiros foram resgatados do Oriente Médio por aviões da FAB. Foto: reprodução

Nesta quarta, autoridades israelenses divulgaram a sexta lista de permissões para estrangeiros deixarem a Faixa de Gaza. De acordo com o embaixador do Brasil na Palestina, Alessandro Candeas, mais uma vez, os brasileiros não foram incluídos na lista.

Nesta leva de permissões, segundo Candeas, os beneficiados foram da Ucrânia (228 pessoas), Filipinas (107), Estados Unidos (100), Alemanha (75), Romênia (51) e Canadá (40).

Caso a liberação não ocorra nos próximos dias, o governo brasileiro adotará medidas mais enérgicas em relação ao governo do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, seguindo o exemplo de Bolívia, Chile e Colômbia. A Bolívia rompeu relações com Israel em protesto contra a ofensiva na Faixa de Gaza, e Colômbia e Chile convocaram seus embaixadores em Tel Aviv para consultas.

O presidente Lula já tomou a decisão de posicionar o Brasil, nos fóruns internacionais, de forma decidida contra a permanência de Israel na Faixa de Gaza após o término da guerra. Netanyahu expressou a intenção de manter a ocupação militar sobre a região por um período indefinido após a guerra.

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