Com a alta na conta de luz e o impacto da inflação nos preços dos alimentos, os brasileiros precisam escolher quais das duas contas pagar, já que a desvalorização da moeda nacional coloca os consumidores cada vez mais em situações precarizadas. Esse é o caso de Viviane da Silva Rocha, de 36 anos, mãe de um menino de 6 e há quatro meses desempregada.
A brasileira, ouvida pelo jornal Estadão, precisou fazer uma escolha, ou pagava a conta de luz – que teve um aumento de R$ 80 para R$ 300 – ou fazia compras no supermercado. “A minha opção foi comer”, disse ao jornal.
Na última sexta-feira (13), ela foi até um posto de atendimento da distribuidora de energia para tentar negociar a dívida de três contas em atraso, que juntas somam R$ 900.
Viviane vive hoje com o seguro-desemprego
Desde que foi demitida da empresa de serviços de limpeza onde ela trabalhava, hoje vive com um seguro-desemprego no valor de R$ 1.200. Essa foi a primeira vez que a faxineira ficou inadimplente com o pagamento da conta de luz.
O valor da conta de energia elétrica já subiu 20,52% nos últimos 12 meses até abril, e superou a inflação geral de 12,13% registrada no período.
As contas não pagas de água e luz foram as que mais cresceram em abril em relação ao mesmo período de 2021, com alta de 18,75%, segundo a Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC).
As informações são do jornal O Estado de São Paulo.