Brigadeirão envenenado: o que se sabe sobre a morte de empresário no Rio

Atualizado em 1 de junho de 2024 às 11:05
O casal Luiz Marcelo e Julia em um elevador. A vítima carrega o brigadeirão supostamente envenenado. Reprodução

No dia 20 de maio, os vizinhos de Luiz Marcelo Antônio Ormond sentiram um cheiro forte no apartamento do empresário e ligaram para a polícia, que encontrou seu corpo em estado avançado de decomposição por cerca de três a seis dias. Luiz Marcelo, de 44 anos, foi visto pela última vez em 17 de maio na piscina de seu prédio.

Seu corpo foi encontrado no sofá da sala, ao lado de cartelas de morfina, sugerindo uma possível premeditação do crime. A investigação também encontrou marcas pelo corpo do empresário e dois ventiladores ligados no ambiente em que ele estava.

A polícia começou a investigar a possibilidade de envenenamento por meio de um brigadeirão, levantando a suspeita de que a namorada de Luiz, Júlia Andrade Cathermol Pimenta, poderia estar envolvida. Dias antes, o casal abriu uma conta conjunta, aumentando a suspeita da polícia.

Na última gravação de Luiz em vida, ele aparece ao lado da namorada carregando o que seria o brigadeirão envenenado enquanto Júlia levava uma lata de cerveja

Júlia, junto com uma mulher que se apresenta nas redes sociais como cigana, é apontada como a principal suspeita do crime, com indícios de que ela teria planejado a morte de Luiz visando a aquisição de seus bens.

Depoimentos de Suyany Breschak, a cigana, acrescentaram mais complexidade ao caso. Júlia teria admitido à sua cúmplice que colocou cerca de 50 comprimidos de um remédio para dor no brigadeirão que ofereceu a Luiz, enquanto ela mesma teria consumido outro, isento da substância.

Suyane Breschak está presa pelo envolvimento no crime e receptação dos bens da vítima. Um amigo da cigana também foi detido após ser encontrado com o carro de Luiz. Segundo o G1, vizinhos relataram interações estranhas entre Luiz e Júlia nos dias que antecederam a morte.

Já Júlia, foragida desde então, foi filmada pela última vez no dia 18 de maio. Na ocasião, ele passou pelo elevador do prédio em que Luiz morava com uma mala, foi até o estacionamento e entrou no carro que pertencia a Luiz Marcelo.

Júlia Andrade Cathermol Pimenta é procurada pela Polícia do Rio de Janeiro. Foto: reprodução

“Ele não merecia o que aconteceu. Foi tudo muito cruel”, disse Bruno Luiz Ormond, primo de Luiz Marcelo. Marcelinho, como era carinhosamente chamado pela família, tinha um perfil mais reservado, especialmente após a morte de sua mãe há um ano.

Em entrevista ao Uol, Bruno revelou que Júlia se reaproximou de Luiz após saber da morte de seus pais, aproveitando-se de um momento de vulnerabilidade do empresário. “Eles já se conheciam e começaram a se encontrar e a se relacionar novamente”, explicou o primo.

Marcelinho, que não tinha irmãos nem filhos, vivia da renda de aluguéis de apartamentos, o que, segundo Bruno, pode ter atraído a atenção da suspeita.

Nos dias que antecederam sua morte, o empresário se queixava de problemas de saúde, incluindo tonturas e dificuldades para enxergar. “Ele sabia que não estava bem”, relatou Bruno.

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