Brigadeirão envenenado: suspeita sorriu ao saber da morte do namorado

Atualizado em 3 de junho de 2024 às 13:45
Júlia Andrade Cathermol Pimenta em depoimento. Foto: reprodução

A suspeita de assassinar o namorado, o empresário Luiz Marcelo Ormond, sorriu durante o depoimento à polícia dois dias após o corpo do empresário ser encontrado em um apartamento na zona norte do Rio de Janeiro. Atualmente, Júlia Andrade Cathermol Pimenta está foragida.

Ela se tornou suspeita após prestar seu depoimento no dia 22 de maio, momento em que a investigação ainda não considerava a hipótese de homicídio. Segundo o delegado Marcos Buss, a partir desse depoimento, foi solicitado um mandado de prisão à Justiça.

Trechos da fala de Júlia, exibidos pelo programa Fantástico, mostraram-na sorrindo ao descrever a convivência com Ormond. “Ele me comprou um buquê. Aí eu falei assim: ‘Tu não tem que me comprar nada que eu não sou sua mãe'”, relatou, sorrindo. Ela afirmou que Luiz parecia diferente nos últimos dias de vida, “muito cansado, muito estressado”, e que “apagava” quando voltava para casa no almoço.

Júlia afirmou que o relacionamento terminou após descobrir uma traição. “Enquanto eu estava dormindo, ele ficava em bate-papo. Provavelmente procurando prostitutas. Aí descobri que tinha um Instagram fake. Aí teve briga. Aí eu falei que eu queria ir embora”, disse no depoimento.

O relacionamento do casal, segundo ela, era “esporádico” desde 2013, e apenas em 19 de abril deste ano ela foi morar com ele. Em 24 de abril, o empresário mudou seu status de relacionamento para “casado” em uma rede social, mas logo depois, ela teria começado a perceber mudanças no comportamento dele.

Júlia contou que deixou o apartamento no dia 20 de maio, após Luiz preparar o café da manhã para ela. O corpo dele foi encontrado no mesmo dia, em estado avançado de decomposição. A perícia indicou que a morte poderia ter ocorrido entre três a seis dias antes de o corpo ser encontrado, o que contradiz a versão de Júlia.

Júlia Cathermol Pimenta segue foragida. Foto: reprodução

Uma testemunha entrevistada pelo Fantástico revelou que Júlia pressionava o namorado por uma união estável. “Ele falava muito que vivia em briga com ela, ele sempre falava comigo, que eles brigavam muito. Ele tinha medo de casar, por causa dos bens dele”, afirmou.

Investigadores acreditam que Luiz consumiu um “brigadeirão” envenenado. No dia 17 de maio, câmeras de segurança registraram o empresário pela última vez com vida, no elevador de seu condomínio, junto com Júlia e carregando um prato que possivelmente continha o doce.

Suyany Breschak, que se apresenta nas redes sociais como cigana e seria conselheira espiritual de Júlia, foi presa em Cabo Frio (RJ) e transferida para a capital fluminense. Ela é suspeita de ajudar a namorada da vítima a vender alguns bens do empresário. Suyany revelou em depoimento que Júlia teria matado o namorado com um “brigadeirão” envenenado e mencionou uma dívida de R$ 600 mil que Júlia tinha com ela.

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