O senador Ronaldo Caiado é um midiota. Isso ficou claro no bate-boca entre ele e Lindbergh na comissão do impeachment no Senado.
Caiado se saiu com uma declaração mirabolante. O governo, leu ele na comissão, teria determinado aos ministros que apagassem todos os dados de seus computadores.
Lindbergh não resistiu. Disse que era mentira. Caiado se defendeu dizendo que estava lendo a pseudoinformação. “É matéria. Está publicada.”
Ora, ora, ora.
E o que significa ser uma “matéria”? Desde quando texto jornalístico é verdade absoluta, ou mesmo parcial, sobretudo numa mídia manipuladora e desonesta como a brasileira?
A resposta asinina de Caiado a Lindbergh faz dele um midiota. Ou, como acontece com toda pessoa que repete o que lê em jornais e revistas ou ouve em rádios e telejornais, um PIB, Perfeito Idiota Brasileiro.
Lindbergh poderia, usando a mesma arma, dizer o seguinte a Caiado.
“Você é uma voz à procura de um cérebro. Mente, rouba e trai. Você recebeu dinheiro do amigo Carlos Cachoeira. Passa férias em Salvador às expensas da construtora OAS. É um Judas. Pois agora quero ver se você é homem mesmo.”
Tudo isso foi publicado. Lindbergh poderia dizer que estava apenas lendo. É um artigo de um homem que conhece muito bem Caiado: o ex-senador Demóstenes Torres, um ídolo da mídia que acabou se revelando um corrupto no mais alto grau.
Acontece que Lindbergh jamais faria isso. Não é um midiota, ao contrário de Caiado.