Com a aproximação de uma nova frente fria, capitais brasileiras podem enfrentar uma intensificação do calor nos próximos dias devido a um fenômeno conhecido como efeito pré-frontal. Segundo a Climatempo, o fenômeno ocorre quando o ar frio, ao se aproximar, empurra o ar quente para cima, provocando compressão e elevando as temperaturas. Esse efeito é responsável por “turbinar” o calor nas cidades antes da chegada de uma frente fria.
São Paulo, por exemplo, pode bater um novo recorde de temperatura para 2024. A previsão do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) é de que os termômetros atinjam 35°C nesta sexta-feira (13). Caso a marca se confirme, superará o recorde anterior de 34,7°C. O meteorologista Fábio Luengo, da Climatempo, alerta que o efeito pré-frontal pode fazer com que “os termômetros, já elevados, subam ainda mais” antes da chegada da frente fria.
Brasília e Goiânia também devem sentir os efeitos deste fenômeno. Em Goiânia, a temperatura pode alcançar 39°C nos próximos dias, enquanto Brasília deve registrar máximas de até 34°C – ambas as capitais já vinham registrando calor intenso, e a influência do efeito pré-frontal pode agravar ainda mais a situação, levando a novos recordes de temperatura.
No Norte do país, Manaus está na mesma situação. A previsão é de que a cidade alcance 39°C no domingo (15), o que igualaria o recorde histórico registrado no último dia 11 de setembro. A combinação entre o bloqueio atmosférico, que impede a formação de chuvas, e o efeito pré-frontal, tem causado uma onda de calor prolongada em várias regiões do Brasil.
Apesar da expectativa de alívio com a chegada da frente fria, o impacto desse sistema será limitado. Segundo Luengo, “a frente fria não será forte o suficiente para quebrar totalmente o bloqueio atmosférico” que mantém as altas temperaturas em boa parte do país. Mesmo assim, algumas regiões poderão sentir uma redução temporária no calor.
O Sul do país, incluindo Paraná, Santa Catarina e norte do Rio Grande do Sul, deve ser a região mais beneficiada pela frente fria, com queda nas temperaturas previstas para o final de semana. No Sudeste, São Paulo, Rio de Janeiro e o sul de Minas Gerais também podem experimentar um breve alívio no calor intenso.
No entanto, o alívio será de curta duração. A previsão é que as temperaturas voltem a subir na próxima semana. “Ainda não conseguimos cravar o dia certinho que volta a fazer calor, mas no Sul, em São Paulo e no Mato Grosso do Sul, lá para quarta ou quinta da semana que vem as temperaturas devem subir novamente”, explicou Luengo.
Até lá, o Brasil deve continuar enfrentando baixos índices de umidade, especialmente nas regiões Centro-Oeste, Sudeste, e partes do Norte e Nordeste, onde a umidade relativa do ar pode variar entre 20% e 30%.
Vale ressaltar que as recomendações para essas condições incluem “beber bastante líquido, evitar desgaste físico nas horas mais secas e evitar exposição ao sol nas horas mais quentes do dia”.
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