Caluda, general. 100 anos de sigilo sobre as urnas? Por Fernando Brito

Atualizado em 11 de outubro de 2022 às 13:00
Ilustração de Bolsonaro e seu Exército de soldadinhos – Foto: Reprodução/Miguel Paiva

Noticia Malu Gaspar, em O Globo, que generais do Alto Comando do Exército dizem que Jair Bolsonaro proibiu a divulgação da “auditoria” feita pelas Forças Armadas nas urnas eletrônicas.

Motivo? Não terem sido encontradas as “fraudes” com que o ex-capitão ameaçou, ao longo de meses, contestar o resultado.

Na prática, foi um “cala a boca” dados aos generais encarregados da missão, considerada “um fracasso”.

Diz a jornalista que “ao ser informado das conclusões do trabalho, o presidente determinou que fosse feito um “relatório completo”, incluindo o segundo turno, porque o fato de não terem sido encontradas fraudes no primeiro turno não significava que não haveria problemas na segunda etapa.”

Tradução, “fraude”, só se Bolsonaro perder.

Mas o ministro da Defesa está numa sinuca de bico, pois o Tribunal de Contas da União exigiu ser informado do resultado da tal “auditoria”.

Ou se desmoraliza Bolsonaro ou se desmoralizam as Forças Armadas.

Será que vem aí mais um decreto de sigilo? O que são 100 anos para e saber a verdade, não é mesmo?

Publicado originalmente em Tijolaço

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