Nesta quarta-feira (13), a Câmara dos Representantes dos Estados Unidos aprovou formalmente uma investigação que poderá resultar em um processo de impeachment do presidente Joe Biden.
A votação na câmara, dominada pelos republicanos, foi de 221 a 212 para autorizar a investigação, a qual está examinará se Biden se beneficiou indevidamente dos negócios de seu filho Hunter Biden, de 53 anos.
A Casa Branca refutou a validade do inquérito, alegando que este é infundado e motivado por interesses políticos, especialmente porque Biden está se preparando para um possível confronto nas eleições de 2024 com seu antecessor republicano, Donald Trump.
Trump tornou-se o primeiro presidente na história dos EUA a enfrentar dois processos de impeachment e está atualmente se preparando para quatro julgamentos criminais.
A votação ocorre três meses após o início informal da investigação pelos republicanos e não constitui uma medida obrigatória para destituir um presidente ou outra autoridade do cargo.
?? URGENTE: Câmara dos Estados Unidos aprova abertura de processo de impeachment contra Joe Biden.
✅ A FAVOR: 221
❌ CONTRA: 212pic.twitter.com/U9h4Mv9Rq0— Eixo Político (@eixopolitico) December 13, 2023
Biden, em um comunicado, repreendeu os republicanos da Câmara por não priorizarem os problemas dos EUA e se concentrarem em desestabilizá-lo. Ele afirmou: “Os republicanos da Câmara não estão se unindo a mim. Em vez de fazerem algo para melhorar a vida dos americanos, estão focados em me atacar com mentiras”.
Apesar disso, é altamente improvável que o esforço resulte na remoção de Biden do cargo. Mesmo que a Câmara vote a favor do impeachment, o Senado precisará votar para condená-lo com uma maioria de dois terços, o que é quase impossível, considerando que os democratas têm uma maioria de 51-49.
No entanto, a autorização concedida poderia conferir aos republicanos maior autoridade legal para obrigar a administração de Biden a cooperar e talvez ajudar a rebater as alegações dos democratas de que as acusações são ilegítimas.
Os adversários alegam que Biden e sua família lucraram com suas ações durante seu período como vice-presidente de Barack Obama de 2009 a 2017, destacando os negócios comerciais de seu filho na Ucrânia e na China.
Embora tenham encontrado indícios de que Hunter Biden deu a entender aos clientes que poderia fornecer acesso ao gabinete do vice-presidente, não apresentaram evidências de que o atual presidente tenha tomado medidas oficiais para beneficiar essas empresas ou que tenha obtido ganhos financeiros.