O ministro da Educação, Camilo Santana, e o deputado Mendonça Filho (União-PE) discutiram e quase tiveram um confronto físico durante reunião na residência oficial do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), na última segunda (18). O parlamentar é relator da reforma do Novo Ensino Médio e a briga começou após discordarem sobre a carga horária para formação geral básica. A informação é do Estadão.
Durante o debate, o clima esquentou entre eles e a conversa terminou com socos na mesa. Segundo pessoas que participaram no encontro, eles quase chegaram “às vias de fato”. O encontro ainda teve a presença do líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE); os deputados Damião Feliciano (União-PB) e Moses Rodrigues (União-CE); e o coordenador da Frente Parlamentar da Educação, Rafael Brito (MDB-AL).
Camilo defende uma carga horária de 2,4 mil horas para a formação geral básica, enquanto o deputado, que era ministro da Educação no governo de Michel Temer, fiador do Novo Ensino Médio, apresentou uma proposta de 2,2 mil horas para fechar o acordo.
O parlamentar reclamou de uma “intransigência” de Camilo e alegou que o embate sobre o tema seria por questões pessoais. Atualmente, a carga horária é de 1,8 mil horas e Mendonça argumentou que adicionaria 400 horas para se aproximas da proposta do governo, mas o ministro afirmou que não abriria mão das outras 200 horas.
Depois das discussões, Camilo e Mendonça pediram desculpas um ao outro. O parlamentar não negou a briga, mas minimizou o episódio. “Tenho respeito pelo ministro, nossas diferenças são ideológicas sobre educação e o jogo está zerado”, afirmou.
O tema agora é discutido no colégio de líderes da Câmara. O governo Lula conta com o apoio do presidente da Câmara para votar a matéria em breve e acredita que vencerá a disputa pela pauta.