Campanha de Boulos nega ter autorizado linguagem neutra no Hino Nacional

Atualizado em 27 de agosto de 2024 às 19:16
Boulos durante seu o comício. Foto: Divulgação

A campanha de Guilherme Boulos (PSOL) à Prefeitura de São Paulo negou ter solicitado ou autorizado a interpretação do Hino Nacional em linguagem neutra durante um comício realizado no sábado (24). Em nota oficial, a equipe de Boulos esclareceu que a responsabilidade pela contratação dos profissionais que participaram do evento, incluindo a intérprete do hino, foi da produtora que organizou o comício.

“A campanha, em momento algum, solicitou ou autorizou alteração na letra do Hino Nacional interpretado na abertura do comício no último sábado, 24, na Zona Sul da cidade. A produtora, organizadora do evento, foi responsável pela contratação de todos os profissionais que trabalharam para a realização da atividade, incluindo a seleção e o convite à intérprete que cantou o Hino Nacional”, afirmou a campanha do deputado.

A controvérsia ocorreu durante um comício de Boulos no bairro do Campo Limpo, zona sul de São Paulo, onde a cantora Yurungai alterou o gênero da última estrofe do hino, cantando “‘des files’ deste solo” em vez de “dos filhos deste solo”.

A performance, feita na presença de figuras políticas como o ex-presidente Lula, Guilherme Boulos e Marta Suplicy, candidata a vice-prefeita, gerou repercussão. Diante da polêmica, Boulos retirou o vídeo do comício de seu canal no YouTube.

A execução do Hino Nacional em linguagem neutra durante o evento pode ter violado a Lei Federal nº 5.700/1971, conhecida como “Lei dos Símbolos Nacionais do Brasil”, que exige a execução integral e proíbe a modificação do hino, sob pena de multa.