Campanha de Boulos organiza evento com pastores evangélicos em SP

Atualizado em 22 de agosto de 2024 às 16:04
Guilherme Boulos, candidato em SP. Foto: reprodução

Na próxima segunda-feira (26), o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL), candidato à Prefeitura de São Paulo, realizará uma reunião com representantes de diversos segmentos evangélicos em um hotel na Barra Funda, zona oeste da cidade. O encontro visa ampliar a relação com o público evangélico, um setor tradicionalmente menos alinhado com a esquerda.

Dados do IBGE mostram que os evangélicos são atualmente mais de 20% da população brasileira e têm crescido significativamente nos últimos 30 anos ampliando o alcance dos discursos de extrema-direita como o bolsonarismo.

A campanha de Boulos está focada em conquistar esse eleitorado, especialmente porque as pesquisas atuais mostram que o prefeito Ricardo Nunes (MDB) e o influenciador Pablo Marçal (PRTB) lideram as intenções de voto entre os evangélicos. Ambos têm feito discursos voltados para o eleitorado conservador e se posicionam sobre questões sensíveis como o aborto, o que pode ter atraído a preferência entre os religiosos.

O evento de segunda-feira contará com a presença de cerca de 200 pessoas de diferentes denominações, principalmente de igrejas menores localizadas em periferias, onde a aceitação das campanhas de esquerda tende a ser maior.

Guilherme Boulos e o pastor Henrique Vieira. Foto: reprodução

Porém, também se espera a presença de membros de grandes igrejas pentecostais, como a Assembleia de Deus Belém e a Assembleia de Deus Madureira, embora seja mais provável que apenas fiéis e pastores participem, e não as lideranças, que tendem a estar alinhadas com a direita, como Silas Malafaia.

A campanha de Boulos pretende usar o encontro para combater a disseminação de fake news. Recentemente, o candidato do PSOL tem acionado a Justiça contra Pablo Marçal, que o acusou, sem provas, de ser usuário de cocaína.

Além disso, o evento busca estabelecer um diálogo permanente com o segmento evangélico e mostrar que a esquerda não busca apoio apenas durante os períodos eleitorais.