Campanha de vereador que persegue o Padre Júlio teve doadores bilionários

Atualizado em 6 de janeiro de 2024 às 11:39
O vereador paulistano e advogado Rubinho Nunes (União) (crédito: divulgação)

O vereador Rubinho Nunes, responsável pela CPI na Câmara Municipal de São Paulo que visa investigar ONGs atuantes na região da Cracolândia, teve grande parte de sua campanha em 2020 financiada por milionários.

Eleito pelo Patriotas, recebeu mais de R$ 250 mil em doações para sua campanha à Câmara Municipal naquele ano, sendo R$ 170 mil provenientes de bilionários como Helio Seibel (Grupo Ligna), Paulo Sérgio Coutinho Galvão Filho (Klabin), Dimitrios Markakis (ex-sócio da Dicico), Luís Terepins (fundador da construtora Even) e Jorge Mitre (Mitre Realty).

O senador Eduardo Girão, com um patrimônio de R$ 36,3 milhões em 2018, e o executivo Jean-Marc Etlin do mercado financeiro também contribuíram financeiramente para a campanha do vereador. As doações de Seibel, Markakis, Etlin e Girão totalizaram R$ 30 mil cada, enquanto Terepins doou R$ 25 mil, Mitre contribuiu com R$ 15 mil e Galvão Filho com R$ 10 mil.

Em sentido horário: Jean Marc Etlin, Paulo Sergio Coutinho Galvão Filho, Dimitrios Markakis, o senador Eduardo Girão, o vereador Rubinho Nunes, Luis Terepins, Jorge Mitre e Helio Seibel. Fotomontagem

Rubinho Nunes, ex-membro do Movimento Brasil Livre (MBL), eleito em 2020 com 33.038 votos, cogitou concorrer a deputado federal em 2022, mas desistiu da candidatura.

Sua tentativa de criar a CPI das ONGs, direcionada ao trabalho social do padre Júlio Lancellotti, enfrenta resistência, com sete dos 25 vereadores que inicialmente apoiaram o pedido retirando seu apoio, alegando surpresa e engano quanto à direção pretendida pela investigação parlamentar.

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