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Integrantes da campanha do presidente Jair Bolsonaro (PL) perderam as esperanças e não acreditam mais em um cessar-fogo entre o presidente e o Supremo Tribunal Federal (STF) durante o segundo turno, segundo a jornalista Bela Megale, do jornal O Globo.
A equipe iniciou a campanha acreditando que uma postura mais respeitosa de Bolsonaro em relação ao Judiciário poderia prosperar. Essa percepção, porém, foi deixada de lado na semana passada, quando o chefe do Executivo atacou o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, e chamou Lula de “pinguço” em uma entrevista coletiva no Palácio do Alvorada.
Os ataques proferidos por Bolsonaro aconteceram um dia depois de Valdemar Costa Neto, presidente do PL, procurar pessoalmente ministros do Supremo para controlar os atritos com a corte.
Bolsonaro voltou a comentar sobre a possibilidade de ampliar o número de ministros do STF e disse que a proposta poderia ser descartada caso o tribunal baixe “um pouco a temperatura”.
As atitudes do presidente têm sido fortemente criticadas por integrantes da campanha. A avaliação é que essas ações aumentam a rejeição de Bolsonaro e passam para o eleitor uma imagem de “desespero” e que ele estaria perdendo.
Um integrante da campanha resumiu o clima tenso: “A gente fica apagando os incêndios que o próprio candidato cria. Somos bombeiros de nós mesmos”, disse ao Globo.