Candidatos bolsonaristas têm campanhas impulsionadas por doações de aliados

Atualizado em 12 de setembro de 2022 às 6:43
Tarcísio de Freitas. Foto: Reprodução

Candidatos bolsonaristas têm sua campanha política impulsionada por doações de apoiadores. Os aliados do presidente Jair Bolsonaro (PL) têm recebido quantidades elevadas de doações de pessoas físicas, os valores são bem diferentes em relação aos seus concorrentes. Com informações da Folha.

O caso mais emblemático é o de São Paulo, onde Tarcísio de Freitas (Republicanos) já acumula R$ 3,8 milhões, oriundos de 127 doações, enquanto Fernando Haddad (PT) recebeu apena R$ 50 mil (sete depósitos) e Rodrigo Garcia (PSDB), R$ 215 mil (dois).

O atual governador de São Paulo arrecadou R$ 200 mil junto ao empresário Abilio Diniz, que entregou a mesma quantia para a campanha do ex-ministro bolsonarista. Já na disputa pelo Senado em São Paulo, Marcos Pontes (PL) recebeu R$ 195 mil, enquanto Márcio França (PSB), Janaina Paschoal (PRTB) e Edson Aparecido (MDB) estão zerados.

No estado mineiro, os candidatos e aliados do presidente saem em vantagem nas doações em relação aos seus concorrentes, ainda que os valores não sejam elevados: Romeu Zema (Novo), com R$ 150 mil, e Carlos Viana (PL), R$ 100 mil, têm vantagem sobre Alexandre Kalil (PSD) e Marcus Pestana (PSDB), sem doações.

No Rio Grande do Sul, foram doados R$ 440 mil a Onyx Lorenzoni (PL), enquanto R$ 26 mil entraram na campanha de Edegar Pretto (PT) e R$ 5 mil na de Eduardo Leite (PSDB). Na busca pelo Senado, Hamilton Mourão (Republicanos) recebeu R$ 68,6 mil em doações, em contrapartida, os concorrentes Olívio Dutra (PT, R$ 50 mil) e Ana Amélia (PP, zero), contam com menos.

Em Pernambuco, a candidata Marília Arraes (Solidariedade) juntou R$ 37 mil em doações, contra R$ 30 mil de Anderson Ferreira (PL). Na disputa pelo Senado, o ex-ministro Gilson Machado (PL) arrecadou R$ 250 mil, Teresa Leitão (PT) não recebeu doações e André de Paula (PSD) tem R$ 23 mil. 3/3

O Rio de Janeiro se destaca pela mobilização mais forte em torno dos candidatos de esquerda. Marcelo Freixo (PSB) já acumula R$ 569 mil e Cláudio Castro (PL) não ganhou doações. Entre os que buscam o Senado, Alessandro Molon (PSB) já tem R$ 533 mil em contribuições e Romário (PL) tem R$ 55 mil.

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