O vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ), interrompeu uma audiência da comissão de ciência e tecnologia da Câmara Municipal do Rio de Janeiro que discutia dois projetos de lei sobre a proteção de dados no município fluminense.
O filho do presidente entrou no meio da sessão, quando surgiu o termo “autodeterminação informativa”, que faz parte da Lei Geral de Proteção de Dados e diz respeito a cada cidadão ter o controle de deus dados pessoais.
“Autodeterminação, você vê por aí gente que inclusive se autodenomina tigre, leão, jacaré, papagaio, periquito”, disse o vereador.
“A partir do momento que você coloca isso, ignorando legislações superiores que caracterizam o sexo da pessoa como homem ou mulher, x, y, baseado na ciência, […] fica algo muito vago, porque coloca em situação delicada tanto a pessoa que se autodetermina como as pessoas que estão ao redor dela”, completou.
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Vereadoras desconfiam que Carlos Bolsonaro sequer acompanhe as sessões da Câmara
Vereadores da Câmara Municipal desconfiam que, durante as sessões online, a equipe de Carlos acompanha de forma remota as sessões, no lugar do vereador, para participar das votações e avisá-lo quando a intervenção do político parecer importante.
Carluxo, como também é conhecido, faz diversas viagens ao Palácio do Planalto, mesmo enquanto cumpre a função de vereador. Entre abril de 2020 e junho de 2021 foram identificadas 32 passagens do filho do presidente na sede do governo em Brasília. Em ao menos 14 desses dias havia sessões na Câmara Municipal do Rio.
No entanto, o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) se nega a fornecer informações sobre as entradas no Planalto, mesmo sendo solicitadas via Lei de Acesso à Informação. Por isso não há dados públicos que mostrem o número de vezes que o vereador esteve na sede do governo.