O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, determinou que o Palácio do Planalto forneça detalhes do passeio de Carlos Bolsonaro à Rússia. O filho do presidente, apesar de ser vereador no Rio de Janeiro, acompanhou a comitiva presidencial no país governado por Vladimir Putin.

Segundo Moraes, a viagem pode ter relação com a investigação sobre milícias digitais bolsonaristas, que tramita no STF. Carlos é um dos citados como integrante do chamado gabinete do ódio, grupo responsável por realizar ataques às autoridades e instituições democráticas nas redes sociais.

Na decisão, o ministro escreveu que “Determino (que) seja oficiado à Presidência da República para que, no prazo de cinco dias, informe as condições oficiais de participação de Carlos Bolsonaro, vereador pelo município do Rio de Janeiro, na comitiva presidencial que realizou a referida viagem internacional, inclusas as informações sobre os gastos realizados e eventuais diárias pagas, bem como a agenda realizada”.

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Ministro quer saber se Carlos Bolsonaro pediu licença da Câmara dos Vereadores

Alexandre de Moraes quer saber também se o vereador solicitou licença do seu mandato na Câmara do Rio para realizar a viagem à Rússia.

A apuração sobre a participação do filho do presidente na viagem foi uma solicitação do senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), que apontou as suspeitas do envolvimento do governo russo em ataques às eleições de outros países.

A Procuradoria-Geral da República (PGR) havia apontado que não existia relação da viagem do vereador com o inquérito das milícias digitais. O órgão solicitou a Moraes que o caso fosse retirado da investigação, mas o ministro negou o pedido.

Com informações de O Globo.

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