Após Roberto Jefferson ser preso por ataques verbais e ameaças a ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e a uma equipe da PF a tiros que havia ido prendê-lo, uma semana antes do segundo turno das eleições, a ministra Cármem Lúcia se declarou para votar o pedido impedida de julgar um pedido de liberdade apresentado pela defesa do ex-deputado. O julgamento está ocorrendo em plenário virtual.
O relator do caso é o ministro Alexandre de Moraes que, assim como Edson Fachin, votou contra o pedido. Os membros do STF têm até o dia 2 de maio para apresentarem seus votos. Roberto Jefferson está preso desde outubro de 2022, quando teve sua prisão domiciliar revogada por Moraes.
Na decisão da prisão, Alexandre de Moraes citou os xingamentos com teor “machista, misógino e criminoso” proferidos pelo bolsonarista. O ex-presidente do Partido Trabalhista Brasileiro (PTB) reagiu com tiros de fuzil e granadas em direção aos carros da Polícia Federal que foram prende-lo.
Um juiz deve se declarar suspeito quando entende ser “amigo íntimo ou inimigo capital” de alguma das partes do processo. Para a recusa, não é obrigatória a apresentação de justificativas. A defesa de Jefferson argumenta que o ex-parlamentar de 69 anos está em estado de saúde “frágil”. Alexandre de Moraes considerou a estrutura da unidade prisional, que “possui plena capacidade de oferecer o tratamento adequado ao preso”, diz.