São raros os momentos em que eu sinto que é realmente bom estar longe do Brasil.
Um deles é o Carnaval.
Estar livre da balbúrdia multicolorida e ignara em torno do Carnaval é uma pequena bênção.
Não quero saber da mulata globeleza. Não quero saber das escolas de samba com suas marchas abomináveis e desafinadas, cantadas e dançadas em meio a uma nudez horrivelmente espalhafatosa. Não quero saber dos camarotes de celebridades idiotas no Rio e em Salvador. Não quero saber do Big Brother no Carnaval. Não quero saber da contagem dos jurados sobre os desfiles. Não quero saber quem ganhou e nem quem perdeu. Não quero saber da cobertura bovina da mídia.
É um alívio estar a 10 000 quilômetros do Brasil no Carnaval.
Mas, passado ele, passada a estupidez coletiva que toma de assalto os brasileiros, volto a amar o Brasil.
Muito.