Carta aberta à sua majestade Leandro Paulsen. Por Werner Becker

Atualizado em 26 de janeiro de 2018 às 21:07
Leandro Paulsen

Publicado no Sul 21

POR WERNER BECKER, advogado

Com toda humildade de súdito,  dirijo-me à vossa majestade. Quando, do alto do seu trono e sob o manto real, que no primeiro momento julguei que se tratava de uma toga, esclareceu que estava falando no plural majestático, passei a entender porque se sentiu no direito absolutista de afrontar todos os códigos a que nós, seus súditos, estamos submetidos.

Como seu súdito ouso afirmar que me senti constrangido a ver o monarca, no seu surto delirante, recitar, sisudamente, platitudes com ares de sabença.

Espero, que, no próximo Carnaval, para a tranquilidade dos seus jurisdicionados, possa, então, num surto de autocrítica, exclamar na avenida do bom senso: Que rei sou eu?

Renuncie ao seu trono, dispa-se do manto real, que o mundo do direito não lamentará a sua ausência.