Um pequeno cartaz colocado na igreja católica São Francisco de Assis, no Centro de Florianópolis, foi motivo de questionamentos nas redes sociais ao sugerir que os frequentadores não fizessem doações. O post foi criticado por Julio Lancellotti.
“Pedimos por gentileza que não dar esmola no interior da igreja, nem no portão, isso não dá dignidade”, diz o folheto colado em um dos bancos do local.
A imagem foi postada pelo padre Julio Lancelotti, ativista pelos direitos humanos em seu perfil no Instagram. Na publicação, o religioso lembrou que o próprio São Francisco de Assis, que dá nome à igreja,
“Dentro da igreja de São Francisco de Assis em Florianópolis! O próprio São Francisco era mendicante e atendia mendicantes! São Francisco passaria apuros por aí!”, escreveu. Diante da repercussão negativa, o cartaz foi recolhido, na última quinta-feira, dia 7.
Esta não é a primeira vez que Florianópolis e Santa Catarina aparecem nas publicações do padre Julio Lancelotti que contestam a aporofobia – termo cunhado pela filósofa espanhola Adela Cortina que significa “aversão aos pobres”. A Capital lançou no ano passado uma campanha publicitária pedindo que moradores e turistas não deem esmolas.
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Padre Julio Lancellotti é destaque na primeira edição do “Prêmio Megafone” para ativistas
Na última quarta-feira (6), o Prêmio Megafone de Ativismo premiou personalidades das 14 categorias que reconhecem e homenageiam as pessoas que não deixaram de lutar em 2021, mesmo em meio à pandemia. Padre Júlio Lancellotti conquistou o principal troféu da primeira edição do prêmio.
O evento é voltado para o ativismo brasileiro. O lider religioso levou o “Megafone do Ano” pelas ações da Pastoral do Povo de Rua no combate à fome na Capital Paulista.
“Para defender suas vidas, essas pessoas enfrentaram o risco à vida apresentado pela pandemia para ir às ruas e lutar por seus direitos. São essas lutas, diversas e entrelaçadas, que as iniciativas vencedoras mostram”, afirmou Jonaya de Castro, uma das idealizadores da premiação.
Júlio Lancellotti trabalha em apoio a comunidade em situação de rua na capital de São Paulo, o ativista ganhou muita visibilidade com suas ações entre os anos de 2020 e 2021 na pandemia da Covid-19.