Caso de psiquiatria, mais que impeachment: Bolsonaro admite seu descontrole emocional à Veja. Por Kiko Nogueira

Atualizado em 31 de maio de 2019 às 10:32
Descontrole emocional

O Brasil está nas mãos de um sujeito com evidente descontrole emocional, auto iludido e dado a rompantes de megalomania.

Numa entrevista à nova edição da Veja, Jair Bolsonaro disse que não imaginava que ia ser “tão difícil assim” exercer a presidência.

“Me acusam muitas vezes de não ter governabilidade. Eu pergunto: o que é governabilidade? Nós mudamos o jeito de conduzir os destinos do Brasil”, diz o chefe de um manicômio que vive dando cabeçadas.

Confessa que não tem tamanho ou equilíbrio para o cargo.

“Respondendo a sua pergunta, já passei noites sem dormir, já chorei pra caramba também”, afirma.

“Angústia, né? Tá faltando o mínimo de patriotismo para algumas pessoas que decidem o futuro do Brasil. O pessoal não está entendendo para onde o Brasil está indo”.

Nem ele.

Segue:

“Essa cadeira aqui é como se fosse criptonita para o Super-Homem. Mas é uma missão, entendo que Deus me deu o milagre de estar vivo. Nenhum analista político consegue explicar como eu cheguei aqui, mas cheguei e tenho de tocar esse barco”.

Terapia seria bom, mas ele é do tipo que acha isso veadagem.

Chorou no Danilo Gentili ao falar da facada.

Chorou ao se encontrar com meia dúzia de seguidores em Santa Catarina.

O sintoma é clássico de depressão.

Não é somente um valentão velho que se mija na cama à noite. Não é uma tentativa de se “humanizar”.

Como um maníaco depressivo, Bolsonaro se vê simultaneamente como um semideus e um coitado que chegou lá por obra do Senhor.

É caso para uma instituição psiquiátrica. Depois cuidamos dos doentes que o elegeram.