Uma investigação interna da Polícia Rodoviária Federal (PRF) identificou contradições entre os depoimentos dos agentes que participaram da abordagem que matou Heloísa dos Santos Silva e outros que foram até o hospital. Em depoimento, a tia da vítima disse que 28 policiais estiveram no hospital onde ela estava internada e que foi intimidada por um deles. A informação é do g1.
A apuração interna da PRF confirmou que 28 policiais estiveram no local. Cada interrogatório está sendo gravado e enviado para a Corregedoria Geral da corporação em Brasília. A investigação também quer analisar a denúncia do pai de Heloísa, que disse que foi retirado para depor sob intimidação; verificar se o veículo da família foi mexido e apurar se houve manipulação do projétil encontrado na cena do crime.
A corporação alegou que, na noite da ocorrência, “a Central de Operações da PRF despachou viaturas ao Hospital Adão Pereira Nunes em apoio aos agentes, caso houvesse uma manifestação popular e a possibilidade de agressão aos policiais envolvidos na ocorrência”. Ela ainda afirmou que a investigação interna vai apurar condutas individuais de servidores, notificando eventuais ilícitos ao órgão responsável.
A Polícia Federal afirma que as investigações estão sendo conduzidas pela Delegacia em Nova Iguaçu (RJ) e que não divulga informações sobre inquérito em andamento.
A Justiça Federal negou o pedido de prisão dos três agentes da PRF envolvidos na morte da criança. O coordenador do Núcleo de Controle Externo da Atividade Policial do Ministério Público Federal, Eduardo Benones, anunciou que vai recorrer.
A 1ª Vara Criminal Federal determinou que os três policiais usem tornozeleira eletrônica, entreguem as armas pessoais e fiquem afastados de suas funções. Eles também estão proibidos de se aproximar da família de Heloísa e do carro deles.