O deputado federal Chiquinho Brazão, preso acusado de ser um dos mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco, em março de 2018, prestou depoimento por videoconferência no Supremo Tribunal Federal (STF) nesta segunda-feira (21).
Durante o depoimento, que começou com 48 minutos de atraso, o parlamentar se emocionou duas vezes.
Nos primeiros 10 minutos de depoimento, Brazão se emocionou ao falar sobre seus irmãos e sua trajetória de vida. Vinte minutos depois, ele chorou novamente ao relembrar os passeios de domingo com seus netos.
Brazão descreveu Marielle como uma pessoa “muito amável”, “respeitosa” e “carinhosa”. “Fizeram uma maldade muito grande com ela. Marielle sempre foi minha amiga. Era uma vereadora muito amável e com quem a gente tinha uma boa relação. Ela [Marielle] sempre foi muito respeitosa e carinhosa”, disse.
Durante depoimento por videoconferência, Chiquinho Brazão afirmou que tinha boa relação com Marielle Franco e que assassinato da parlamentar foi maldade. Ele é acusado de ser um dos mandantes do crime, no RJ. Veja trecho do interrogatório desta segunda-feira (21).
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— GloboNews (@GloboNews) October 21, 2024
Chiquinho afirmou ao desembargador Airton Vieira, responsável pela audiência, que não conhece Ronnie Lessa, assassino confesso de Marielle, e que se encontrou apenas quatro vezes com Edmilson Oliveira da Silva, o Macalé.
Segundo as investigações da Polícia Federal (PF) e a denúncia da ProcuradoriaI-Geral da República (PGR), Macalé teria intermediado o assassinato. Ele foi morto em novembro de 2021, em Bangu.
Não houve perguntas diretas sobre o planejamento da morte de Marielle. O depoimento de Chiquinho é o primeiro de cinco programados para esta semana.