Eduardo Paes, Prefeito do Rio de Janeiro, afirmou que “foi um erro” nomear Chiquinho Brazão (sem partido-RJ), preso por suspeita de ser um dos mandantes do assassinato de Marielle Franco, para o cargo de secretário especial de Ação Comunitária do Rio. A indicação do parlamentar ocorreu em outubro de 2023 após costura feita com o partido Republicanos.
“Foi um erro da minha parte colocar no governo uma pessoa que tinha suspeita no caso”, afirmou Paes durante e evento de inauguração do BRT Transbrasil no Terminal Intermodal Gentileza, neste sábado (30). Ele diz que agora tenta “consertar o erro”.
“É óbvio que posso aqui ter todas as desculpas do mundo, foram seis anos de investigação e todo mundo já tinha sido acusado de tudo, mas errei. O mais importante quando se erra é consertar o erro. Já tinha pedido que ele fosse retirado da secretaria, quando começaram a surgir os boatos”, prosseguiu.
Chiquinho Brazão se licenciou do cargo de deputado federal no ano passado para assumir a pasta e deixou o posto em fevereiro deste ano, após as primeiras informações de seu envolvimento com o atentado contra Marielle. A nomeação foi um arranjo entre Paes e Republicanos para viabilizar um apoio à sua reeleição nas eleições municipais deste ano.
“Queremos alianças, mas as alianças têm que ter um limite. E quando digo que errei, acho que fiz uma avaliação equivocada de que não tinha esse risco”, diz Paes. O prefeito ainda diz que “vai continuar dando demonstração de que não tem conivência com nenhum tipo de irregularidade” em sua gestão.
No momento da nomeação, Chiquinho era membro do União Brasil, que o expulsou após a prisão, mas foi escolhido pelo Republicanos para o cargo. Após a operação da PF, a sigla afirmou que ele foi escolhido para “estabelecer aliança com a administração municipal” e que o político foi exonerado “quando surgiram especulações sobre o caso”.