Nesta semana, o influenciador digital e empresário Renato Cariani se tornou alvo de uma operação policial contra o tráfico de drogas. De acordo com a Polícia Federal (PF), Cariani teria utilizado o nome de farmacêuticas multinacionais para encobrir um esquema de venda de produtos químicos destinados à fabricação de crack e cocaína.
No último domingo (17), o programa Fantástico, da TV Globo, exibiu novas informações acerca do caso, incluindo a menção da empresa de Cariani no depoimento de um traficante condenado em 2016.
Transações ilegais
A investigação da PF desvendou que a Anidrol, empresa que Cariani é sócio, realizava transações ilegais, disfarçando os desvios como negócios legítimos com grandes indústrias químicas – as estimativas indicam volumes significativos de produtos químicos controlados destinados ao tráfico, incluindo solventes, substâncias em pó e fenacetina.
Pela Receita Federal, por sua vez, a Anidrol foi identificada em 2015, após a emissão de notas fiscais para a AstraZeneca. A multinacional negou qualquer transação, destacando que os produtos nunca foram recebidos, mas as autoridades suspeitam que as notas fiscais falsas eram parte integrante do esquema de Renato.
E-mails falsos
Durante a investigação sobre notas falsas, Cariani apresentou trocas de e-mails com um suposto representante da AstraZeneca, Augusto Guerra.
A PF descobriu que os responsáveis pelos pagamentos eram ligados a um amigo de Cariani, Fábio Spínola, que foi alvo da Operação Downfall em maio deste ano.
Fábio foi encontrado nesta semana com tornozeleira eletrônica e R$ 100 mil em sua residência durante a operação atual. Sua defesa alega inocência, enfatizando o sigilo do inquérito.
Influenciador nas redes sociais
Com uma base de mais de 7,5 milhões de seguidores apenas no Instagram, Cariani promovia publicamente a venda de suplementos esportivos de sua marca, além de comentar e tratar de outros conteúdos do mundo fitness.
No entanto, as autoridades sustentam que, nas sombras, ele estava envolvido na comercialização clandestina de produtos destinados à fabricação de crack e cocaína. A Anidrol, empresa da qual Cariani se tornou sócio em 2008, foi identificada como uma das fornecedoras desses produtos químicos.
Cariani já se manifestou em diversos posts publicados em seus perfis nas redes sociais. O empresário nega veementemente as acusações e alega inocência.
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