A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, afirmou que a catástrofe no Rio Grande do Sul, que sofre com enchentes nas últimas semanas, é uma “tragédia anunciada”. Durante o anúncio de projetos de restauração da Amazônia, ela afirmou que “estamos pagando o preço” pela falta de investimentos na prevenção de desastres do tipo na hora certa.
“Estamos trabalhando e fazendo esforço muito grande, para que além da gestão dos desastres, a gente possa fazer também a gestão do risco”, afirmou a ministra. Ela avalia que os recursos estão sendo usados “corretamente” para conter a atual crise no estado, mas que o desastre já era previsto.
“Os investimentos são feitos corretamente na hora em que acontecem os desastres ambientais ou os eventos climáticos extremos que foram anunciados há tanto tempo. E como não tomamos as providências cabíveis e no tempo certo, agora estamos pagando o preço”, prosseguiu.
A ministra do meio ambiente, Marina Silva, falou, durante anúncio de projetos de restauração na Amazônia sobre a necessidade de preparo para riscos e desastres naturais e destacou a calamidade do Rio Grande do Sul como uma "tragédia anunciada". ? Leia mais em… pic.twitter.com/iRPqx1a1Mx
— Folha de S.Paulo (@folha) May 22, 2024
O Ministério do Meio Ambiente e o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) anunciaram nesta quarta (22) o resultado do edital Restaura Amazônia, que escolheu três entidades para projetos de restauração da floresta.
No total, serão investidos R$ 450 milhões para a recuperação do bioma. A ministra ainda apresentou outros programas e ações relacionadas à proteção da biodiversidade no país.
Após o evento, a ministra ainda participou da 25ª Marcha a Brasília em Defesa dos Municípios, organizada pela Confederação Nacional dos Municípios (CNM), e defendeu a redução do uso de combustíveis fósseis, do desmatamento e a adoção de medidas para evitar a perda da biodiversidade.