CBV, que censura Carol Solberg, defendeu a “liberdade de expressão” dos bolsonaristas Wallace e Maurício

Atualizado em 20 de setembro de 2020 às 21:42
No alto, Wallace e Maurício homenageiam Bolsonaro

A diferença da CBF para a CBV é de uma letra.

Essencialmente, as duas confederações são igualmente canalhas.

A Confederação Brasileira de Vôlei repudiou duramente a atitude de Carol Solberg.

A filha de Isabel mandou um “Fora Bolsonaro” após a conquista do bronze na primeira etapa da temporada do Circuito Brasileiro de vôlei de praia, transmitida ao vivo no SporTV, ao lado de Talita.

A tom da censura da CBV é bem acima do usado na nota sobre os bolsonaristas Wallace e Maurício Souza, há dois anos.

A respeito de Carol, a CBV declarou “expressar de forma veemente o seu repúdio sobre a utilização dos eventos organizados pela entidade para realização de quaisquer manifestações de cunho político”.

Segue:

O ato praticado neste domingo (20.09) pela atleta Carol Solberg durante a entrevista ocorrida ao fim da disputa de 3º e 4º lugar da primeira etapa do Circuito Brasileiro Open de Volei de Praia – Temporada 2020/2021, em nada condiz com a atitude ética que os atletas devem sempre zelar.

Aproveitamos ainda para demonstrar toda nossa tristeza e insatisfação, tendo em vista que essa primeira etapa do CBVP OPEN 2020/2021, considerada um marco no retorno das competições dos esportes olímpicos, por tamanha importância, não poderia ser manchada por um ato totalmente impensado praticado pela referida atleta.

Por fim, a CBV gostaria de destacar que tomará todas as medidas cabíveis para que fatos como esses, que denigrem a imagem do esporte, não voltem mais a ser praticados.

Wallace e Maurício, da Seleção Brasileira, foram tratados com mais carinho.

Os dois babacas posaram para uma fotografia com gestos que representavam o número 17, em referência ao PSL, antigo partido de Jair Bolsonaro:

A CBV repudia qualquer tipo de manifestação discriminatória, seja em qualquer esfera, e também não compactua com manifestação política. Porém, a entidade acredita na liberdade de expressão e, por isso, não se permite controlar as redes sociais pessoais dos atletas, componentes das comissões técnicas e funcionários da casa. Neste momento, a gestão da seleção irá tomar providências para não permitir que aconteçam manifestações coletivas.