CCJ da Câmara decide manter prisão de Chiquinho Brazão

Atualizado em 10 de abril de 2024 às 16:13
Chiquinho Brazão é apontado como mandante de matar Marielle. Foto: reprodução

Nesta quarta-feira (10), a Comissão de Constituição e Justiça do Congresso decidiu que o deputado Chiquinho Brazão, expulso do União Brasil, continue preso. Ele foi apontado como um dos mandantes do assassinato da vereadora do Rio de Janeiro Marielle Franco.

O resultado final foi de 39 votos a 25, com a bancada do Partido Liberal, a maior do Congresso, votando em peso pela liberdade do miliciano.

Brazão está preso provisoriamente desde 24 de março pela Polícia Federal, mas por se tratar de alguém com foro privilegiado, é preciso que a Câmara dos Deputados decida manter ou não o encarceramento. Na data, Domingos Brazão, irmão de Chiquinho, e Rivaldo Barbosa, ex-chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro, também foram detidos.

Apesar da decisão da CCJ, o miliciano ainda passará por uma última sessão de votos no Congresso. Uma votação geral na Câmara, ainda não agendada, dará o veredito final se Chiquinho continuará preso ou ficará em liberdade.

Bolsonaristas votaram pela liberdade a Brazão:

Dos 25 votos favoráveis ao miliciano, 13 partiram de deputados do PL, o mesmo de Jair Bolsonaro. Os outros deputados que queriam a liberdade de Brazão também são de partidos que atendem às demandas de extrema-direita, como Republicanos, União Brasil e PRD.

O União, porém, não votou em peso com os bolsonaristas, tendo Kim Kataguiri e Benes Locádio como eleitores da manutenção da prisão do acusado de mandar matar Marielle.

Chiquinho Brazão ao lado de Flávio Bolsonaro em campanha. Foto: reprodução

Veja como os parlamentares votaram:

Votaram para manter a prisão:

  • Bacelar (PV-BA)
  • Flávio Nogueira (PT-PI)
  • Helder Salomão (PT-ES)
  • José Guimarães (PT-CE)
  • Luiz Couto (PT-PB)
  • Orlando Silva (PCdoB-SP)
  • Patrus Ananias (PT-MG)
  • Renildo Calheiros (PCdoB-PE)
  • Rubens Pereira Jr. (PT-MA)
  • Welter (PT-PR)
  • Kim Kataguiri (UNIÃO-SP)
  • Benes Leocádio (UNIÃO-RN)
  • Aguinaldo Ribeiro (PP-PB)
  • Covatti Filho (PP-RS)
  • Fausto Pinato (PP-SP)
  • Toninho Wandscheer (PP-PR)
  • Neto Carletto (PP-BA)
  • Dra. Alessandra H. (MDB-PA)
  • Juarez Costa (MDB-MT)
  • Rafael Brito (MDB-AL)
  • Cobalchini (MDB-SC)
  • Renilce Nicodemos (MDB-PA)
  • Castro Neto (PSD-PI)
  • Cezinha Madureira (PSD-SP)
  • Delegada Katarina (PSD-SE)
  • Diego Coronel (PSD-BA)
  • Darci de Matos (PSD-SC)
  • Def. Stélio Dener (REPUBLICANOS-RR)
  • Ricardo Ayres (REPUBLICANOS-TO)
  • Alex Manente (CIDADANIA-SP)
  • Afonso Motta (PDT-RS)
  • Márcio Honaiser (PDT-MA)
  • Gilson Daniel (PODE-ES)
  • Duarte Jr. (PSB-MA)
  • Pedro Campos (PSB-PE)
  • Waldemar Oliveira (AVANTE-PE)
  • Maria Arraes (SOLIDARIEDADE-PE)
  • Célia Xakriabá (PSOL-MG)
  • Chico Alencar (PSOL-RJ)

Votaram para liberar Brazão:

  • Felipe Saliba (PRD-MG)
  • Pedro Aihara (PRD-MG)
  • Mauricio Marcon (PODE-RS)
  • Roberto Duarte (REPUBLICANOS-AC)
  • Lafayette Andrada (REPUBLICANOS-MG)
  • Marcelo Crivella (REPUBLICANOS-RJ)
  • Nicoletti (UNIÃO-RR)
  • Dani Cunha (UNIÃO-RJ)
  • Rafael Simoes (UNIÃO-MG)
  • Delegado Marcelo (UNIÃO-MG)
  • Danilo Forte (UNIÃO-CE)
  • Fernanda Pessôa (UNIÃO-CE)
  • Bia Kicis (PL-DF)
  • Cap. Alberto Neto (PL-AM)
  • Carlos Jordy (PL-RJ)
  • Chris Tonietto (PL-RJ)
  • Del. Éder Mauro (PL-PA)
  • Dr. Jaziel (PL-CE)
  • Julia Zanatta (PL-SC)
  • Marcos Pollon (PL-MS)
  • Pr. Marco Feliciano (PL-SP)
  • Delegado Bilynskyj (PL-SP)
  • Domingos Sávio (PL-MG)
  • José Medeiros (PL-MT)
  • Delegado Ramagem (PL-RJ)

“Há muitos deputados que estão favoráveis a legalidade. Acham claramente que se trata de uma prisão ilegal”, disse Altineu Cortês, líder da bancada do PL em entrevista à CNN Brasil antes da votação.

Para os bolsonaristas, é preciso mandar um recado ao STF no sentido de que um parlamentar só pode ser preso de em flagrante de crime inafiançável, o que não seria aplicado a Brazão.

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