Celso Amorim defende chapa Lula Alckmin: “Coalizão programática”

Atualizado em 20 de fevereiro de 2022 às 20:44
Celso Amorim defende chapa Lula Alckmin. Ele está em uma mesa, conversando com alguém. Usa óculos e tem cabelo grisalho, veste terno cinza.
Amorim diz que Brasil não está em condições de ter um governo totalmente de esquerda. Foto: EBC

O ex-ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, defende chapa Lula Alckmin. O ex-chanceler disse não ver o Brasil criando condições para eleger um governo de esquerda nas eleições deste ano. Segundo Amorim ao Poder 360, Lula tem procurado ampliar alianças e conversa, inclusive, com a centro-direita.

O ex-ministro declarou que o Brasil precisa de pacificação e se preocupa com ameaças em relação às fraudes eleitorais. “Tem falado com o Alckmin, tem falado com lideranças do centro e até de centro-direita. O que o Brasil precisa é de pacificação. Eu acho que se há uma ameaça às eleições no Brasil, são essas constantes referências a fraude no sistema eleitoral”, disse o -ex-chanceler.

O ex-ministro disse também que avalia “muito positivamente” a chapa de Lula (PT) com o ex-governador de São Paulo (sem partido), Geraldo Alckmin. “A chapa Lula – Alckmin contribui para esse alargamento da base democrática porque não é só ser eleito, é preciso governar”, afirmou.

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Para o ex-ministro, o que mais deve influenciar Às eleições deste ano é o “desgoverno do próprio Bolsonaro”. A idade à Moscou para encontrar o presidente da Rússia, Vladimir Putin, foi, segundo ele, uma “tentativa de mostrar que ele não está totalmente isolado”.

O ex-chanceler também avaliou de forma positiva o provável ingresso da Argentina no Brics, bloco econômico formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. Amorim disse que a medida favorece o Brasil e as posições de interesse do país.

Sobre a entrada do Brasil na OCDE, ele disse que não vê com grandes vantagens. “Eu acho que os países semelhantes a nós que foram da OCDE não se deram bem”, afirmou.

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