Censo: pardos ultrapassam brancos e são o maior grupo étnico-racial no Brasil

Atualizado em 22 de dezembro de 2023 às 11:32
Recenseador do IBGE. Foto: reprodução

Pela primeira vez no Censo, o número de pessoas autodeclaradas como pardas ultrapassou o contingente de brancos, consolidando-se como o maior grupo étnico do Brasil. Os indivíduos pardos somam 92,1 milhões de habitantes, representando 45,3% de toda a população brasileira.

Os dados sobre cor e raça do Censo Demográfico 2022 foram divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta sexta-feira (22).

Os brancos, que antes detinham a maioria, agora correspondem a 43,5% da população, totalizando 88,2 milhões de pessoas. Esta mudança reflete uma alteração no perfil étnico da população brasileira, com um aumento na identificação de pessoas como pardas e pretas.

Desde 2000, tem sido observado um crescimento gradativo no percentual de indivíduos que se identificam como pretos e pardos. Em 2010, esses grupos já eram a maior parcela da população, representando 50,7%, enquanto os que se declaravam brancos eram 47,7%.

No censo atual, essa tendência persistiu, mantendo esses grupos como a maioria. No censo anterior, os pardos representavam 43,1% da população, enquanto os pretos eram 7,6%.

IBGE abre processo seletivo para recenseador em 17 estados | CNN Brasil
Recenseador do IBGE. Foto: reprodução

Atualmente, 10,2% da população se identifica como preta, totalizando cerca de 20,6 milhões de pessoas. Esse percentual teve um aumento de 42,3%, sendo o segundo maior aumento na última década, ficando atrás apenas do crescimento da população indígena, que aumentou 89% entre 2010 e 2022.

O levantamento dos grupos étnico-raciais é realizado por meio de questionários aplicados por recenseadores nos lares brasileiros. Uma das perguntas se refere à cor ou raça da pessoa, oferecendo cinco opções: branca; preta; amarela, para descendentes orientais; parda, abarcando pessoas que se reconhecem de uma ou mais cores; e indígena.

A depender da resposta, o entrevistador pode fazer novas perguntas, sendo este o caso dos que se declaram amarelos ou de pessoas em localidades indígenas que não optaram por “indígena” na questão inicial sobre cor ou raça.

Participe de nosso grupo no WhatsApp, clicando neste link

Entre em nosso canal no Telegram, clique neste link