Muitos deputados do Centrão que apoiam Bolsonaro estão irritados com o governo. Isto porque se sentiram “isolado” nas negociações para votar a PEC dos Precatórios. O Palácio do Planalto não usou toda sua força para poder ajudar nas articulações no Congresso.
O DCM conversou com assessores e deputados que estão ligados com a gestão bolsonarista. O primeiro ponto de reclamação é a data em que a PEC foi colocada para ser votada: um dia apo um feriado. Quem conhece a Câmara sabe que é um dia que a Casa não enche.
Não por acaso foi feita forte pressão em Arthur Lira para que a votação pudesse ocorrer de forma remota também. Alguns deputados tiveram voo cancelados. Outros não saíram das suas bases, porque pretendem ficar longe de Brasília até o fim da semana.
Outro problema é a falta de apoio do governo para as negociações. A PEC dos Precatórios é tratada como a “cartada” mais importante para a campanha de 2022 de Bolsonaro. Por conta disso, apostou-se que ministros e secretários fossem para o Congresso, o que não ocorreu.
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Presidentes dos partidos do Centrão viram protagonistas
Sem o apoio do Palácio do Planalto, sobrou para os presidentes dos partidos do Centrão tomarem a iniciativa das negociações. Valdemar Costa Neto ligou para os deputados do PL para pedir que os parlamentares votassem a favor da PEC.
Houve presidentes mais rígidos, prometendo suspender emendas para seus deputados. Apesar do esforço dos caciques, eles não esconderam as insatisfações com Bolsonaro e a equipe do Planalto.
Por outro lado, os membros do Poder Executivo Federal entendem que a PEC também interessa ao Centrão. Isto porque bilhões serão usados para emendas parlamentares. E ano que vem tem eleição e as legendas querem formar grandes bancadas.
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