O comportamento do presidente Jair Bolsonaro sobre a guerra na Ucrânia foi alvo de críticas de aliados do Centrão. Na avaliação de caciques políticos e parlamentares, o chefe do executivo federal não estava demonstrando qualquer preocupação em relação ao tema. Além de declarações dúbias, ele viajou para o Guarujá, enquanto líderes mundiais trabalharam em prol do fim do conflito no leste-europeu.
Conforme apurou o DCM, bolsonaristas menos radicais tinham convicção que o governante brasileiro cairia nas novas pesquisas eleitorais. Porém, nesta quarta-feira (2), o Poder Data divulgou seu novo relatório e mostrou uma pequena subida de Bolsonaro. O que chamou a atenção é o fato de o levantamento ter sido feito entre os dias 27 de fevereiro e 1° de março, período em que a guerra já tinha começado.
Os números mostram Lula em primeiro com 40%, enquanto o atual presidente tem 32%. No mês passado, o capitão da reserva possuía 31% da preferência do eleitoral. Em janeiro, o desempenho dele era de 28%. Ou seja, em dois meses, o crescimento acabou sendo de 4%.
Quando o assunto é segundo turno, a diferença também caiu. Em agosto de 2021, por exemplo, a distância entre o petista e o filiado do PL era de 25 pontos. Hoje, a vantagem para Lula é de 14%.
Mas a expectativa dos aliados do presidente é em torno das pesquisas Ipec e Datafolha. Os bolsonaristas mais moderados garantem que farão uma avaliação mais profunda sobre o assunto depois que tiverem em mãos novos relatórios dos dois institutos.
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O que a oposição pensa do crescimento de Bolsonaro?
Os opositores do presidente que apoiam o ex-presidente Lula esperavam um crescimento do atual governante, mas apenas entre julho e agosto. Por isso já há conversas para que ocorra uma aceleração na formalização das alianças para se começar a debater mais profundamente plano de governo.
Geraldo Alckmin deve anunciar neste mês sua filiação a algum partido. Lula também pretende comunicar oficialmente sua pré-candidatura, além de confirmar sua aliança com o ex-governador de São Paulo.
Outro ponto levantado é que os problemas econômicos da guerra ainda não tiveram efeitos no Brasil, mas que isso chegará em breve. Ou seja, a popularidade de Bolsonaro pode cair, dependendo de como o conflito no leste-europeu “doer” no bolso dos brasileiros.
Já a chamada terceira via está perto de jogar a toalha, com exceção do ex-juiz Sergio Moro. Líderes do PSDB, MDB, Cidadania, PDT e Novo, dificilmente um terceiro nome conseguirá ultrapassar Bolsonaro ou Lula. Candidaturas destes partidos só devem ocorrer para ajudar em palanques nos estados e também para formar uma forte bancada no Congresso Nacional.
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