Chamado de ‘câncer’, Greenpeace diz que Bolsonaro pode tentar, mas não vai matar a esperança do brasileiro

Atualizado em 4 de setembro de 2020 às 18:18
Jair Bolsonaro. (Arquivo AFP)

Publicado originalmente no site do Greenpeace

Em resposta à declaração de Bolsonaro “não consigo matar câncer chamado ONGs”, o Greenpeace Brasil declara:

Viver em sociedade requer conviver com o diferente. Mas, mais uma vez, Bolsonaro dá a entender que quer que o Brasil se adapte aos seus desejos, em mais um claro rompante autoritário onde a palavra “matar” é recorrente.

O presidente prefere atacar aqueles que defendem a floresta e seus povos e negar a ciência, a crise climática, a pandemia do coronavírus e a democracia. Lutar pela proteção ambiental é um direito de toda a sociedade: a Constituição Cidadã brasileira garante a participação democrática das organizações não governamentais na proteção ambiental do país. Nós brasileiros queremos viver numa sociedade na qual todas as pessoas são livres e respeitadas. Queremos um meio ambiente saudável, com floresta em pé e ar limpo, e é por isso que lutamos.

Enquanto busca culpar terceiros pelo estrago da sua própria política, a floresta queima e a imagem brasileira se desintegra internacionalmente. Agindo assim, o presidente age contra o povo e o patrimônio dos brasileiros. Sua fala, violenta e inaceitável, só demonstra que ele não está disposto a tomar qualquer tipo de ação efetiva para evitar que a Amazônia seja destruída e que não está à altura da responsabilidade do cargo que ocupa.

Os dados dos satélites mostram quem é o verdadeiro câncer da floresta. Bolsonaro pode tentar, mas não conseguirá matar a esperança dos brasileiros que lutam em defesa da vida e da floresta em pé.