Carlos França, ministro das Relações Exteriores, disse nesta quinta-feira, 03, que não há desencontros na política externa brasileira frente ao conflito Rússia e Ucrânia, e sim uma “imprecisão”. A fala do chanceler vem em meio a inúmeras críticas às posturas divergentes das organizações responsáveis pela política externa do Brasil, principalmente entre o Itamaraty e Bolsonaro.
Para o chanceler, as análises que estão sendo feitas não condizem com a realidade. “Esse divórcio que se enxerga entre nós, não existe”, disse o ministro ao se referi ao presidente Jair Bolsonaro (PL), e sua relação com Itamaraty e o Palácio do Planalto. Atualmente o órgão tem falado sobre posição de compostura, já o chefe do executivo federal fala em neutralidade.
França ocupa o cardo de Ministro das Relações Exteriores desde a saída de Ernesto Araújo, antigo apoiador do governador. O ministro ainda salientou sobre o seu papel atual: “Eu faço o meu papel de aconselhar o presidente da República”.
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Bolsonaro e Carlos França: uma grande amizade
As falas do ministro a respeito da sua união de ideais com o presidente são reciprocas, segundo ele. Já o chefe do executivo federal falou que o chanceler desempenha uma condução de política externa ótima. Os elogios do presidente surgem como formas de alfinetar o ex-ministro, Ernesto Araújo, que vem criticando a postura de Bolsonaro frente ao conflito.
Ernesto Araújo faz parte de um grupo que tem crescido nos últimos dias, os de antigos apoiadores do presidente. O ex-ministro tem criticado veementemente as atitudes neutras de Bolsonaro, e sua postura de política “pró-China”. Para Ernesto o Brasil deveria desempenhar um posicionamento mais duro no conflito.
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