Antes da conversa do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, com o presidente da Rússia, Vladimir Putin, chanceleres russo e americano discutiram. Os chefes da diplomacia russa, Sergei Lavrov, e americana, Antony Blinken trocaram acusações por telefone hoje (12).
Segundo a nota divulgada pela Chancelaria em Moscou, Lavrov acusou Washington de fazer uma “campanha de propaganda” por uma eventual invasão da Rússia na Ucrânia. Ele disse que os EUA e seus aliados querem provocar e encorajar as autoridades de Kiev para um conflito na região de Donbass, Leste da Ucrânia, local onde o exército ucraniano enfrenta há oito anos separatistas pró-Moscou.
O ministro russo disse ainda que Washington e Bruxelas ignoraram as principais demandas de segurança apresentadas em dezembro pela Rússia, relativas à expansão da Otan, a aliança militar ocidental, para perto de suas fronteiras.
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EUA afirma que invasão à Ucrânia resultaria em “resposta transatlântica”
Segundo o Departamento de Estado americano, Blinken disse a Lavrov que uma invasão “resultaria em uma resposta transatlântica determinada, maciça e unida”. O chanceler americano ainda afirmou que os canais diplomáticos continuam “abertos” para evitar um conflito, mas que será necessário que Moscou reduza a presença de militares nas fronteiras com a Ucrânia.
A Rússia colocou cerca de 100 mil soldados perto de sua fronteira com Ucrânia, mesmo negando ter planos de invasão. A nação russa realiza exercícios militares na vizinha Bielorrússia. Hoje (12), o Kremlin informou que está retirando parte da diplomacia da embaixada em Kiev e de seus consulados na Ucrânia, caracterizada como uma medida semelhante as anunciadas por países ocidentais e seus aliados.