Jorge Messias, o advogado-geral da União, citou um trecho da Bíblia para criticar a política penal dos governadores de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), e do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB). Evangélico, ele citou o mandamento bíblico “não matarás” para criticar os políticos bolsonaristas.
“Populismo penal, à semelhança do que se observou em tempos bíblicos, mata inocentes, mas não reduz a criminalidade. A violência deve ser combatida por uma política de segurança eficiente, com uma polícia equipada, organizada e valorizada”, escreve no X (ex-Twitter).
Ele compartilhou um editorial do jornal Estadão sobre o tema, que criticou governadores por proposta de aumento do tempo de prisão de criminosos. Em seu post, Messias cita o capítulo 23 do livro de Lucas, na Bíblia.
“É preciso também ter capacidade para construir políticas públicas que levem ao povo Esperança na forma de emprego, habitação, saúde e educação. Saúdo o Programa Pé-de-meia, lançado nessa nesta semana pelo presidente Lula. Vamos lembrar que a insegurança pública é irmã da insegurança alimentar. Vamos virar esse jogo unindo, e não dividindo nosso povo. Paz e Bem!”, completa.
“E disse a Jesus: Senhor, lembra-te de mim, quando entrares no teu reino. E disse-lhe Jesus: Em verdade te digo que hoje estarás comigo no Paraíso.” Lucas 23: 42;43
“Não matarás” (Êxodo 20:13).Populismo penal, à semelhança do que se observou em tempos bíblicos, mata inocentes,… pic.twitter.com/oYN2uOXrSE
— Jorge Messias (@jorgemessiasagu) March 30, 2024
A publicação foi feita após uma comitiva de governadores do Sudeste e do Sul ir a Brasília para pedir medidas de endurecimento do combate à criminalidade. Além de Zema, Tarcísio e Leite, conversaram com o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, os governadores do Espírito Santo, Renato Casagrande (PSB), do Paraná, Ratinho Júnior (PSD), de Santa Catarina, Jorginho Mello (PL), e do Rio, Cláudio Castro (PL).
Entre as medidas solicitadas estão a criação de critérios para um juiz poder soltar um suspeito em audiência de custódia, permissão para que policiais realizem prisões em flagrante com base em “elementos subjetivos” e tornar homicídios cometidos por facções criminosas como qualificados, aumentando o tempo de prisão.