Além da demissão do diretor-executivo da Polícia Rodoviária Federal, Jean Coelho, o diretor de inteligência da corporação, Allan da Mota Rebelo, também foi dispensado na manhã desta terça-feira (31), de acordo com decisão publicada no Diário Oficial.
As exonerações acontecem seis dias após o cruel assassinato de Genivaldo de Jesus Santos, em Umbaúba (SE), sufocado em uma “câmara de gás” dentro de um camburão da corporação.
Jean Coelho e Allan da Mota Rebello eram subordinados ao diretor-geral Silvinei Vasques, que continua no cargo. Não há justificativa apresentada para as demissões na decisão, assinada pelo ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira.
Os três agentes envolvidos no crime, Kleber Nascimento Freitas, Paulo Rodolpho Lima Nascimento e William de Barros Noia, foram afastados pela PRF e estão sendo investigados em um procedimento administrativo disciplinar.
Três dias depois da divulgação de parte do boletim sobre a morte de Genivaldo, a PRF disse que não compactuava com as medidas adotadas pelos policiais durante a abordagem e citou “indignação” diante do episódio.
O Ministério Público Federal também tem acompanhado o caso e abriu dois procedimentos, um cível e outro criminal, para investigar as circunstâncias do assassinato.