Chefe da ONU pede investigação dos crimes de guerra cometidos em Gaza

Atualizado em 17 de novembro de 2023 às 0:12
Volker Türk falando em vários microfones, com expressão séria
Volker Türk em sessão informativa – Reprodução

O Comissário de Direitos Humanos da ONU, Volker Türk, pediu uma investigação internacional diante de “acusações extremamente graves” de violações do direito internacional durante a guerra entre Israel e o grupo Hamas.

Em uma sessão em Genebra, Türk destacou a necessidade de responsabilização para as múltiplas violações do direito internacional humanitário, independentemente da parte responsável:

“Acusações extremamente graves de múltiplas e profundas violações do direito internacional humanitário, independente de quem as cometa, exigem uma investigação rigorosa e a total responsabilização”.

A embaixadora de Israel na ONU, Meirav Eilon Shaha, rejeitou as acusações, afirmando que o direito internacional não deve permitir que “organizações terroristas” se beneficiem de apoio internacional.

Já o representante palestino Ibrahim Khraishi, pediu à comunidade internacional que desperte para o que ele descreveu como um “massacre e genocídio”:

“Quando as autoridades nacionais se mostram relutantes ou incapazes de realizar tais investigações, e onde há narrativas contestadas sobre incidentes particularmente significativos, uma investigação é necessária”.

Volker Türk fez essas declarações após uma visita ao Oriente Médio, na qual não obteve permissão para entrar em Israel ou nos territórios palestinos. Ele expressou preocupação com a intensificação da violência e discriminação contra os palestinos na Cisjordânia ocupada e em Jerusalém Oriental.

O contexto da guerra recente inclui um ataque do Hamas ao sul de Israel em 7 de outubro, seguido pela promessa de Israel de “aniquilar” o movimento islamista, resultando em bombardeios diários na Faixa de Gaza.

Mais de 11.500 palestinos, de acordo com o Ministério da Saúde do Hamas, perderam a vida nos ataques. Türk ressaltou que a guerra vai além de Gaza, alertando sobre a situação na Cisjordânia ocupada, que ele descreveu como potencialmente explosiva. Com informações do UOL.

Participe de nosso canal no WhatsApp, clique neste link

Entre em nosso canal no Telegram, clique neste link