A China anunciou neste sábado (8) que fará três dias de manobras militares em províncias próximas de Taiwan, em retaliação a uma reunião entre o presidente taiwanês Tsai Ing-wen, com o presidente da Câmara dos Deputados dos Estados Unidos, Kevin McCarthy. O país asiático enviou navios de guerra e caças para a ilha.
Logo após a reunião entre Tsai Ing-wen e McCarthy, realizada na última quarta-feira (5), a China prometeu dar uma resposta firme, segundo a agência estatal chinesa Xinhua.
“Em resposta aos atos de conluio gravemente errôneos entre os EUA e Taiwan, a China tomará medidas firmes e eficazes para salvaguardar a soberania nacional e a integridade territorial”, informou o Ministério das Relações Exteriores, em nota publicada pela Xinhua.
Antes do anúncio do Exército de Libertação Popular da China, o Ministério de Defesa de Taiwan informou que detectou 9 navios de guerra, 71 aviões e 29 caças em torno da ilha nos últimos dias.
Os militares taiwaneses disseram que os sistemas de defesa antimísseis foram ativados e patrulhas aéreas e marítimas estão prontas para defender a ilha.
“Condenamos um ato tão irracional que colocou em risco a segurança e a estabilidade regional”, disse um comunicado do Ministério da Defesa.
A China vê a ilha como parte de seu território e defende a recuperação de seu controle, mesmo pela força, se necessário. Sob o princípio de “uma só China”, o governo chinês não permite que nenhum país tenha relações diplomáticas com ela e com Taiwan ao mesmo tempo.