China expressa “forte descontentamento” após comunicado do G7

Atualizado em 20 de maio de 2023 às 19:08
Presidente da China, Xi Jinping. Foto: Noel Celis

A China manifestou neste sábado (20) seu “forte descontentamento” em relação ao comunicado emitido pelo G7, grupo que reúne as sete economias mais industrializadas do mundo. No comunicado, a cúpula fez críticas à política do país asiático no Mar do Sul da China, ao desrespeito aos direitos humanos e às suas supostas ingerências nos países do bloco.

A declaração da qual a China se queixa é assinada pelos sete países que compõe o G7: Estados Unidos, Canadá, Japão, França, Reino Unido, Alemanha e Itália.

Em seu comunicado, o G7 pede à China que “não realize atividades de ingerência” em seus países-membros e expressa “preocupação” pelos direitos humanos, “especialmente no Tibete e em Xinjiang”.

Além disso, os líderes dos sete países ressaltam “a importância da paz e da estabilidade” no estreito de Taiwan e manifestam grande preocupação pela situação no Mar do Sul da China, acusando Pequim, indiretamente, de “coerção”.

Em relação à guerra na Ucrânia, o G7 pediu para a China, um aliado econômico e diplomático de Moscou que tem adotado uma posição neutra sobre o conflito, a “pressionar a Rússia para que cesse sua agressão”.

“O G7 está obstinado em manipular as questões relacionadas com a China. Desacredita e ataca a China”, afirmou um porta-voz do Ministério de Relações Exteriores chinês, expressando a “firme oposição” de Pequim.

“A China manifesta seu forte descontentamento e sua firme oposição e apresentou uma queixa oficial ao Japão, país que recebe a cúpula, e às outras partes envolvidas”, disse.

Sobre Taiwan, o ministério chinês reprova o fato de os países do G7 apenas apontarem contra Pequim e não demonstrarem uma oposição clara ao movimento independentista taiwanês.

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